quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Pink Floyd The Wall (Filme)






          O álbum The Wall da banda inglesa Pink Floyd foi lançado em novembro de 1979. Uma ópera sobre um músico perturbado por traumas de infância, perseguição de professores e uma mãe super-protetora (veja mais sobre o álbum). Três anos mais tarde sob a batuta do também inglês Alan Parker ("O expresso da meia-noite"; "Fama"; "Evita"; "Mississipi em Chamas") é lançado o longa "Pink Floyd, The Wall" com o ator Bob Geldof no papel do Super-Rock-Star-Deprimido Pink Floyd (legal, não? um homem chamado Pink). O filme é repleto de animações criadas pelo cartunista Gerald Scarfe (que por curiosidade se casou com a atriz Jane Asher, ex noiva do ex Beatles Paul que dedicou algumas músicas como All my loving e And I love her a ela). Scarfe foi quem criou a capa do álbum, nada mais certo então do que chama-lo para dar continuidade ao seu trabalho no longa.


          As sequências de animação são memoráveis, elas tornam ainda mais densas as canções criando uma atmosfera ao mesmo tempo surreal, fantástica e bizarra. O filme quase não tem diálogos, ficando a cargo das letras a compreensão do enredo e seu argumento.


          Apenas 3 músicas do álbum não estão no filme, "Hey You", "The Show Must Go On" e "Empty Spaces" que foi alterada, na verdade alongada, melhor desenvolvida, para criar a música "What Shall We Do Now". E são acrescidas as músicas "When the Tigers Broke Free", feita para o filme; e "The Little Boy that Santa Claus Forgot", cantada por...Vera Lynn (sim, ela mesma, da música no álbum).


          O filme não pode ser considerado propriamente um musical, já que a maior parte das músicas são as gravações do álbum e não cantadas pelos atores (apenas "Stop" e "In The Flesh" são cantadas por Bob Geldof), mas isso não tira do longa sua preciosidade artística. O filme em si, é despretensioso (a pretensão fica por conta da ópera já no disco...hehehe), as imagens são apenas uma ilustração ao que se ouve, quase um coadjuvante em cena, dividindo e as vezes cedendo o palco para as músicas. Para mim, Parker fez bem nesse ponto. Trabalhou muito bem as cenas (que possuem uma fotografia no mínimo excelente) sem tirar o brilho das canções. É como se ver um longo (e bom) videoclipe com uma história para contar; ou ouvir um disco com imagens.


          E como o disco é bom, não cansamos de ouvir e nem de ver.


Brenoi.



          Todas as cenas de animação são excelentes, fazendo a conversão de filmagem para animação com grande fluidez.
          Exibo aqui apenas para ilustrar o trabalho dos cineastas.




"Goodbye blue sky"






"What Shall We Do Now?"























Veja mais sobre The Wall

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